quarta-feira, 23 de novembro de 2011


Quando foi a ultima vez que utilizou uma metáfora?

As metáforas e contos são ferramentas importantes na educação. A humanidade, na fase oral, utilizava os contos, os adágios, as parábolas, as metáforas, para ensinar às gerações mais jovens, a história e fabulas da sua própria gente, dos antepassados míticos e heróicos. Os modernos conceitos de metáfora, baseado na obra de Milton Erickson, adoptados pela PNL, incluem parábolas, alegorias ou figuras de linguagem que impliquem uma comparação. Mas as histórias, fábulas e parábolas constituem as suas formas mais evoluídas.

As metáforas comunicam indirectamente. E é um processo de linguagem que consiste em fazer uma substituição analógica. Metáforas simples fazem simples comparações: "meter a mão no fogo, feio como o diabo, fazer das tripas coração". Metáforas complexas são histórias com diversos níveis de significado. "Uma metáfora contada de maneira clara e simples distrai a mente consciente e activa a procura inconsciente de significados e recursos" (O'CONNOR, Joseph e SEYMOUR, John. Introdução à programação neurolingüística. São Paulo: Summus, 1995). Quer dizer, revelam elementos ocultos que apenas o inconsciente pode perceber e utilizar.

As metáforas podem adoptar várias formas, dependendo do efeito que se deseja, do conteúdo que se quer veicular, do tempo disponível, do interlocutor ou de grupo de ouvintes. Alguns tipos de metáforas que interessam à educação:

As imagens. São rápidas e simples. Ilustram bem o oral e o escrito. No fundo é uma palavra ou frase que muda de sentido: pegar o touro pelos cornos; ficar de nariz torcido; tapar o sol com a peneira.

As comparações. Também são imagens. Contêm, no entanto, um elemento comparativo: fumar como uma chaminé, duro como o aço….

Os provérbios. São máximas ou sentenças de carácter prático e popular, comum a todo um grupo social, expressa em forma sucinta e geralmente rica em imagens: quanto maior a nau, maior a tormenta; gato escaldado tem medo de água fria.

As anedotas e as citações. São relatos sucintos de fatos jocosos ou curiosos vividos por outros e citados entre aspas, pelo autor do discurso ou do texto: "Isto faz-me pensar na pergunta que fulano fez durante…"; "Como teria dito o professor de português…".

Os mitos e os contos. Histórias imaginárias, geralmente de origem popular, que colocam em cena heróis que encarnam forças da natureza ou aspectos da condição humana durante incidentes que não teriam acontecido, mas que fazem parte do inconsciente colectivo: o mito do paraíso perdido, as mitologias greco-romanas, os contos de fada.

Narrações, parábolas, histórias. São formas metafóricas mais completas e complexas. Para gerar mudanças no interlocutor a história há que possuir formas semelhantes à realidade vivida por ele.